A figura do impairment e a sua importância para as empresas
Impairment é um termo em inglês muito usado no cenário contábil, mas por que surgiu e o que significa?
Esse assunto é importantíssimo para todos os profissionais da área, como: analista de custos, analista de contabilidade especializado em ativos ou ainda se você for um executivo de empresa que precisa entender melhor o impairment como ferramenta de acompanhamento do investimento feito em ativos não circulantes (ativo imobilizado, intangível ou investimentos).
Você pode se aprofundar ainda mais no assunto com o nosso Seminário Gravado – Gigantes da Contabilidade – Indicadores e Teste de Impairment.
O que você precisa entender de uma vez por todas é: O impairment não é uma figura inventada pela Contabilidade!
Vamos explorar isso de maneira prática. Quando uma empresa vai comprar um ativo imobilizado ou vai desenvolver um software, ou até mesmo fazer um investimento, antes de tudo seus gestores fazem um planejamento. Nesse planejamento serão identificados:
- O valor do ativo que ela vai comprar;
- Por quanto tempo ela vai utilizar o ativo;
- O quanto de caixa ela vai conseguir por meio do uso daquele ativo pela produção de itens que ela vai vender no futuro;
- O retorno que ela espera ter pelo uso daquele ativo, já que o recurso aplicado no ativo poderia ser utilizado para outro fim.
Quando os gestores da empresa fazem essa análise, eles querem saber se é rentável investir em ativos não circulantes. Com os dados que eles têm, conseguirão saber se o valor pago pelo ativo retornará para a empresa de alguma forma, seja pela venda de produtos produzidos por esse ativo ou através da venda do ativo.
Se você não tem certeza do que estamos falando quando usamos termos como ativo imobilizado ou ativo intangível, adquira nosso curso Super Combo CPC’s Comentados – Ativos. Nele, você aprenderá também de maneira mais profunda e aplicável ao seu dia a dia o que é o impairment.
Aliás, sobre o impairment, de onde ele surge então?
A partir do momento em que o ativo não circulante é comprado, a etapa de planejamento já acabou, mas é necessário acompanhar se ele continua sendo rentável para o negócio, ou seja, se é realmente recuperável, ou se ele não vai conseguir retornar seu valor ao longo do tempo, tanto que o termo impairment, quando trazido para a Norma Brasileira NBC TG 01 (CPC 01), se tornou ‘’redução ao valor recuperável de ativos’’.
Ou seja, o impairment surge do acompanhamento do ativo investido para conseguir identificar se ele continua sendo recuperável para a empresa, caso ele não seja recuperável, a empresa deverá fazer uma baixa pela diferença entre o valor registrado na Contabilidade e o valor recuperável do ativo.
Em nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment, você pode conhecer, com alguns dos maiores nomes da Contabilidade nacional, o histórico sobre o impairment e por que é necessário entender a fundo essa figura.
O que a empresa precisa fazer nesse acompanhamento?
Como o objetivo é saber se o ativo continua rentável ou não, o primeiro passo é saber se esse ativo gera caixa ou traz algum benefício econômico (redução de despesas, ganho de produtividade) sozinho ou em conjunto com outros ativos. Se gera caixa sozinho, ele será analisado de maneira individual, se gera caixa em conjunto com outros ativos, eles serão analisados em conjunto, este é o conceito de Unidade Geradora de Caixa.
A partir do momento em que o ativo ou unidade geradora de caixa são identificados a empresa precisa:
- Identificar o valor contábil (valor reconhecido na Contabilidade) do ativo ou unidade geradora de caixa;
- Identificar o valor recuperável do ativo ou unidade geradora de caixa;
- Calcular a diferença entre o valor contábil e o valor recuperável.
Se o valor contábil for menor do que o valor recuperável do ativo, nada precisará ser feito, porque significa que o ativo vai render mais do que o seu valor para o negócio, se o valor contábil for maior do que o valor recuperável do ativo, deverá ser feita uma redução ao valor recuperável, ou seja, um impairment.
Nem sempre é fácil identificar uma unidade geradora de caixa ou saber se um ativo gera caixa individualmente, para isso é necessário que exista uma análise e exercício de julgamento por parte da administração da empresa. Em nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment, você terá uma visão mais aprofundada de como fazer essa identificação.
Como se calcula o valor recuperável?
O valor recuperável pode ser calculado de duas maneiras:
- Pelo valor justo menos os custos para vender o ativo – Valor justo é calculado pela observação no mercado do preço do ativo, ajustando esse preço em função do tempo de uso do ativo e outros fatores. Os custos para vender são aqueles necessários para colocar o ativo à venda no mercado.
- Pelo valor em uso – O valor em uso do ativo é calculado em função do benefício econômico que esse ativo pode trazer ao longo do tempo, é um cálculo similar ao que foi feito no planejamento para identificar o retorno do investimento. Estima-se os fluxos de caixa futuros esperados e ele é trazido ao valor presente por uma taxa de desconto (sendo essa a taxa de retorno esperado sobre o ativo).
Nem sempre é fácil identificar o valor recuperável de um ativo, principalmente se a base para cálculo do valor recuperável for o valor em uso. Em nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment, discutimos sobre como projetar os fluxos de caixa para o ativo, assim como o melhor meio de definir a taxa de desconto para trazer esses fluxos de caixa ao valor presente.
Caso esses sejam conceitos que não estejam tão claros para você, em nosso curso Super Combo CPC’s Comentados – Ativos, abordamos todos esses conceitos, desde as questões mais básicas até pontos mais avançados.
O cálculo do impairment é necessário a qualquer momento e para qualquer ativo?
Sim e não…
O cálculo do impairment obrigatoriamente deve ser feito todo ano para o ágio (goodwill, expectativa de rentabilidade futura surgida em uma combinação de negócios) e para ativos intangíveis com vida útil indefinida.
Para outros ativos, o cálculo do impairment só precisará ser feito se houver alguma indicação de que esses ativos não gerarão retorno ao negócio em proporção suficiente para cobrir o seu próprio valor.
Estes indicadores podem surgir de fatores internos, como relatórios internos da companhia, alguma indicação de obsolescência do ativo ou similar ou de fatores externos, como mudanças no mercado, entradas de novas tecnologias ou produtos, queda no valor de mercado da empresa, entre outros.
No nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment, discutimos mais a fundo esses indicadores e como observá-los. Em nosso Super Combo CPC’s Comentados – Ativos, você consegue entender melhor a figura dos ativos intangíveis com vida útil indefinida.
Conclusão
Considerando que, conforme citado pelo Prof. Ricardo Lopes em nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment, os ativos não circulantes são a principal fonte de recursos da empresa, já que serão aqueles que sustentam a operação de produção, renda e estrutura do negócio, entender o impairment é imprescindível para qualquer profissional que esteja envolvido na gestão do negócio, bem como a qualquer analista que esteja envolvido com o controle desses ativos (imobilizado, intangível e investimentos).
Como aqui apresentado, o conceito do impairment é, em essência, simples, contudo, o julgamento que precisa ser exercido no momento de identificar unidades geradoras de caixa, indicadores de impairment, o valor recuperável do ativo, entre outros elementos necessários para calcular o impairment corretamente, demanda conhecimento profundo do tema.
Entender o impairment e tudo que permeia o seu cálculo é essencial para a sua carreira profissional e estamos aqui para te ajudar com isso. Adquira agora o nosso Super Seminário Gigantes da Contabilidade Debatem Impairment e o nosso curso Super Combo CPC’s Comentados – Ativos e comece a dar uma guinada na sua carreira profissional, se preparando em um dos temas mais complexos e demandados pelo mercado atualmente, largando na frente em relação a outros profissionais.
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